A histerectomia é a cirurgia para a retirada do útero que pode ser necessária em diversas patologias ginecológicas, como miomas uterinos, adenomiose, endometriose, prolapsos uterinos, dor pélvica crônica ou câncer. Existem diferentes tipos de histerectomia, conforme a via de acesso cirúrgico:
Histerectomia abdominal: realizado por “corte” assim como uma cesárea, deve ser reservada para útero ou miomas volumosos;
Histerectomia vaginal: nesta técnica minimamente invasiva, não ocorre incisões em região abdominal. Toda a abordagem é realizada por via vaginal, não acarretando cicatrizes abdominais;
Histerectomia videolaparoscópica: é uma técnica minimamente invasiva, realizada por meio de 3 a 4 pequenas incisões em região abdominal. Ao final da cirurgia, o útero é retirado por via vaginal;
Histerectomia robótica: é também uma técnica minimamente invasiva que utiliza as mesmas incisões da via laparoscópica, mas a cirurgia é realizada por um “robô” controlado a distância pelo cirurgião. Esta via cirúrgica ainda não demonstra grandes benefícios dentro da ginecologia, exceto em casos graves de endometriose.
As técnicas minimamente invasivas, principalmente a histerectomia vaginal, devem ser as preferencialmente utilizadas pelo uroginecologista e cirurgião ginecológico. Elas permitem uma rápida recuperação no pós-operatório, curto período de internação, menos dor pós-operatória, menor uso de medicações e evita cicatrizes inestéticas.
A escolha do tipo de histerectomia depende de uma avaliação cuidadosa do histórico de saúde da paciente e da patologia ginecológica. É crucial discutir todas as opções disponíveis com o médico uroginecologista e que melhor atenda às necessidades de saúde da paciente.
Lembre que um grande número de cirurgias desnecessárias podem ser evitadas por uma avaliação ginecológica adequada e um tratamento clínico baseado em evidências científicas.
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