
A histerectomia é uma cirurgia que consiste na remoção do útero. Em alguns casos, pode ser acompanhada de outros procedimentos cirúrgicos, com a retirada de trompas e ovários. Pode ser realizada em casos de leiomiomas, adenomiose, endometriose, sangramento uterino anormal, prolapso genital e em casos de câncer.
Embora seja um procedimento seguro, como qualquer cirurgia, apresenta riscos, desde a realização da anestesia até o final da cirurgia, como infecções, hemorragias, transfusão, lesões de ureter, bexiga e intestino. Por isso, é essencial discutir cuidadosamente com o médico os benefícios e possíveis complicações antes de decidir pela cirurgia.
A longo prazo, a histerectomia pode trazer mudanças ao corpo, como menopausa precoce (caso os ovários sejam removidos), alterações hormonais, incontinência urinária, constipação intestinal, prolapso dos órgãos pélvicos, dor pélvica e impacto negativo sob a vida sexual. Porém, muitos desses efeitos podem ser bem manejados com acompanhamento médico adequado.
Nem sempre a histerectomia é a única solução. Em alguns casos, problemas como miomas, endometriose ou sangramentos intensos podem ser tratados com medicações, dispositivos intrauterinos, pessários vaginais ou outras técnicas menos invasivas, como a histeroscopia. Vale a pena explorar todas as alternativas antes de optar pela cirurgia.
Hoje, há opções minimamente invasivas para realizar a histerectomia, como a laparoscopia ou histerectomia vaginal, que permitem uma recuperação mais rápida, menor tempo de internação, e menos dor. A escolha da técnica depende das condições de saúde, do quadro clínico e da patologia que indicou a realização da cirurgia.
Converse com seu médico uroginecologista sobre suas dúvidas e possibilidades de tratamento. Cada caso é único, e a decisão deve ser tomada com muita informação e segurança.
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Dr. Heitor Rodrigues
CRM/SP 120.966 │ RQE 50.380
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