
A prenhez ectópica ocorre em 2 a 4% de todas as gravidezes. É uma condição em o embrião se implanta fora do útero, geralmente nas trompas uterinas (95%), mas também pode acontecer em outros locais, como ovários, cavidade abdominal, colo uterino e cicatrizes uterinas. Essa condição é considerada uma emergência médica, pois pode colocar a vida da mulher em risco se não for tratada a tempo. É a principal causa de morte materna nos primeiros 3 meses de gravidez (primeiro trimestre).
Ocorre, principalmente, em mulheres que já tiveram uma gravidez ectópica anteriormente, tiveram infecções pélvicas, já fizeram cirurgias uterinas (como o parto cesárea), tem endometriose ou que se submeteram a fertilização in vitro.
Temos sempre que pensar na gravidez ectópica em mulheres com atraso menstrual, com teste de gravidez positivo, com dor abdominal e sangramento vaginal. Em casos mais graves, a paciente pode apresentar anemia, queda da pressão, tontura e demaios.
O diagnóstico é feito através uma avaliação clínica detalhada, da dosagem do hormônio BHCG e ultrassom pélvico e transvaginal.
Até 70% das prenhezes ectópicas podem resolver espontaneamente, sem necessidade de qualquer tratamento medicamentoso ou cirúrgico. Nas pacientes que necessitam de tratamento, a cirurgia nem sempre será necessária. Existem medicamentos que podem ser utilizados na gravidez ectópica íntegra.
Quando a cirurgia for necessária, a via de acesso por laparoscopia pode favorecer a recuperação pós-operatória, com menos dor, com menos uso de medicações no pós-operatório, com alta precoce e com mínimas cicatrizes abdominais.
Se você está grávida e sente dores ou percebe sangramentos, procure um médico imediatamente. O diagnóstico precoce é essencial para garantir sua segurança e sua saúde.
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Dr. Heitor Rodrigues
CRM/SP 120.966 │ RQE 50.380
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